sábado, 30 de julho de 2011

Para não dizer que...

Ainda posso continuar relatando sobre minha viagem e todo clima de passado pairando sobre ela. Um passado com vários personagens,cada um com uma função a ser desempenhada.
Em 2011, entre os dias 20 e 25 de julho eu fui uma das personagens da histórica Mariana. O outdoor na entrada da cidade já indica que foi lá que Minas Gerais nasceu.
Mariana fazia parte do meu livro de História. Se eu imaginei colocar meus pés lá um dia? Não sei mesmo. Minha mente não me diz o que eu pensava naquela época do antigo primário, com bermuda azul marinha e camisa branca com emblema da escola.
Sei que eu era a Érica que não era muito fã de Estudos Sociais- como assim era chamada a História e Geografia- e mesmo assim conseguia sempre ter notas altas.
Estou em fim de férias, não mexi em agenda, não escrevi no meu caderno, estou em recesso no inglês, pausa na auto escola. Faz bem,viu? Ontem li um artigo que tratava sobre férias, e saber aproveitar não fazendo tudo que sempre quis, ter aquela rotina alucinante, fazer cursos e etc. É saber aproveitar o momento, descansar, mudar um pouco a rotina. Foi minha escolha.
O sábado já se inicia e se for pensar tenho muitos afazeres, antes de tudo quero aqueitar-me, organizar-me e daí arregaçar as mangas.
Acredito num 2º semestre diferente, com outra perspectiva e expectativa também.
Se na época que ouvia falar sobre Mariana, eu usava uniforme, tinha os cabelos curtos, andava a pé, tinha horário para brincar na rua e somente aos sábados e domingos, usava mochila, tênis ou sandália,a diversão era a Sessão da Tarde e eu ainda sonhava em ser dentista. Lembro que toda vez que as férias terminavam,a professora pedia uma redação - também chamada de composição- com o título "Minhas férias". Aí eu tinha uma frustração tamanha.
Para mim,eu não tinha nada de importante. Geralmente eu dizia que fiquei em casa, brinquei na rua, visitei alguns familiares em Juiz de Fora mesmo, um paquera novo, o festival de filmes d'Os Trapalhões ou da Xuxa e só. Eu pouvia o que os meus colegas relatavam, falavam de viagens, viagem com família, o que comeram,lugares que visitaram.
Minha indagação interna: por que minha família não viajava?
Bom, o tempo passou e eu ainda continuei ouvindo muitos relatos, redações de gente próxima que viajava. Algumas vezes fui à Aparecida do Norte - que para mim não era uma viagem,era tudo um tédio, apesar da fé que eu tinha. Uma vez estivemos - eu e alguns parentes- em São Lourenço e Caxambu. Achei mais interessante,mas ainda assim faltava alguma coisa. Bebi água gasosa em várias fontes, o que para mim era tudo uma água gás que não fazia diferença alguma para mim.
Depois dessa época, viajei sim. Viagens com pessoal da igreja, encontros da ABU. De qualquer forma eu aproveitava ver a estrada e sair do meu reduto. Ah, viagens para cidades pequenas - roça,né?Era coisa de voltar no mesmo dia. Lembrei que fui ao Rio por ocasião da primeira comunhão de duas primas minhas, mas não conheci nada do Rio.
Viajava também através de páginas de revista, programas de TV que eu assistia.
Em 2008, comecei minha saga de turista ( bom é a data que eu lembro, se a minha mente estiver enganada, depois eu corrijo). E de lá para cá, já me viro bem quando tenho que arrumar uma mala. Detalhe: só tive uma mala ano passado. Até então, era só bolsa e uma vez que usei uma mala emprestada.
Em Mariana, estava eu com uma bolsa de viagem vermelha que caiu como uma luva para mim, tênis, legging, saia, jaqueta, cabelos maiores e com os olhos sempre curiosos diante de um novo lugar.
Sem guia eu caminho, e mesmo quando há alguém conhecido no lugar, procuro saber as informações necessárias e desbravo. Eu me sinto livre, sabe? Olho, observo, escuto, leio placas, olho pro céu, olho pro chão.
Sei que fui esmiuçada, descontruída para ser construída com novo material.
Penso que voltei mais corajosa,viu? Com aquela sentimento de não se acomodar e correr atrás dos meus objetivos. Estou disposta a apagar alguma linhas da vida,reescrever outras e começar a redigir em folhas branquíssimas desembrulhadas só para mim.

Posso terminar a postagem com uma miscelânea de versos bem presentes durante meus dias em solo marianense:
Eu não tenho "papo de jacaré",eu sou "uma brasileira" que diz "Hey,Jude" porque "...love is all I have to give". "One more time" para cada coisa boa da vida e eu "tô te esperando, vê se não vai demorar" porque " tá vendo aquela lua?" Sou humana,mas tenho um "advogado fiel" pra resolver e dar conta das minha causas. Sei que " mais perto quero estar" de Deus, porque Ele tem uma nova história para mim.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Coming home

Ah, minha viagem deverá ter mais algumas postagens por aqui. Não tive tempo em Mariana para escrever todos os dias.
Emoções. Eu ainda paro e penso em tudo que presenciei. Já é uma viagem que ficará marcada por toda a minha vida.
Tudo bem que toda viagem deixa sempre alguma marquinha, além das fotos e lembrancinhas para remeter ao lugar que fui.
Particularmente, a última tem o gostinho especial do modo como ela foi plantada na minha mente, como foi executada, pela duração e pelos desafios.
Senti saudade de muita gente, confesso que deu vontade de correr para um orelhão e ligar para dizer: "Oi, tudo bem?Saudade de você!". Ou então escrever vários cartões-postais e torcer para que o serviço dos Correios fosse tão rápido quanto a internet. Seria uma forma de dizer: "Olha não sei o que pode acontecer,mas pode saber que sou feliz!"
Apesar de algumas vezes eu dar uma olhada, deixar recado via Facebook ou MSN, nada supera a presença real ou no mínimo ouvir aquela voz do outro lado do aparelho.
No dia 20 de julho - dia do amigo - meu celular foi muito requisitado
( risos) e eu fiquei feliz com as mensagens que recebi, me deu um gás, sabe?
Eu me recordo da viagem pelos cheiros, sons e impressões que tive. As mais de 800 fotos que registram momentos por lá são apenas uma fagulha do incêndio que tomou conta de mim.
Não sei porque,mas escolhi a palavra incêndio para expressar o conjunto de vivências durante esses dias.
Incêndio faz lembrar algo que é preciso tomar alguma atitude. Ou você dá um término, ou o fogo destroi tudo. Se você deixa o fogo tomar conta, ele faz tudo virar cinza. Dependendo, se tiver vento a cinza pode ir pra algum lugar distante do local de incêndio. No entanto, cinza não é a mesma que ter vida...e sem vida, não há como se fazer nada.
Os sons que embalaram minha viagem foram bem ecléticos. Alguns trouxeram-me certas epifanias.
Eu penso, e tenho quase certeza de que a viagem gerou em torno de escolhas, decisões.
Escolhas do passado, do presente e do futuro. Só que não trabalho com o futuro, tenho só o presente. Até uma série que assisti trata sobre a temática e o mais interessante é que a personagem principal tem o meu nome - risos.
Senti-me cuidada, também cuidei e cuidaram de mim mesmo eu não estando presente. Meu retorno foi surpreendente e mais uma vez quase debulhei-me em lágrimas.
É, chorei durante a minha estadia fora e quando voltei. Não é excesso de sensibilidade, mas aqueles momentos que só as lágrimas podem expressar algo.
E eu continuo bem reflexiva, resolvi arriscar-me, ou seria permitir-me viver?Viver e ir além do que já conquistei? Dar-me uma chance? Afinal, Jesus ressuscitou a Lázaro,mas quem removeu as pedras não foi Ele...

terça-feira, 26 de julho de 2011

De volta para o meu aconchego

Depois de 7h30 na estrada - realmente a volta para casa demora mais - cheguei, voltei ao meu mundinho. Claro que lá no fundo eu penso: "ah não, quero mais férias, deixa eu continuar passeando, conhecer lugares..."
Sei que a vida não é assim e saberei lidar com o retorno da minha rotina
(risos).
Voltei e com a mala cheia de emoções. Foi uma das viagens mais intensas que tive na vida. Vi de tudo um pouco, sinceramente até o que eu não esperava. Fui de um extremo ao outro, algo exigido pelas circunstâncias, mas nada que tirasse o meu equilíbrio.
É bom sentir a proteção de Deus e ver que Ele me guia. Aliás, antes de viajar a música que ressoava na minha mente é um hino que diz: "Guia-me sempre, meu Senhor/ Guia meus passos Salvador".
Observei cada detalhe, cada cheiro, há caminhos que já reconheço.
Vivi uma aventura e tanto!
Senti saudades e fui surpreendida ao retornar, os meus olhos sorriram sim...penso que tem um novo caminho a trilhar.
Agora já acalmo, mesmo sabendo que a próxima semana será puxada e cheia de compromissos. Sabe, ainda estou na terça-feira e faço o que for possível neste dia. Do amanhã, Deus cuidará.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu não sou nativa daqui...

Nossa,que sol bom o de ontem e friozinho da noite é sempre bom.
Andei pra conhecer melhor o lugar, aprendi um pouco do vocabulário que chega a ser engraçado. Não sou uma nativa daqui,mas penso que já perceberam isto, mesmo eu não sendo daquelas turistas que pagam mico. Consigo me situar bem. Ouvi idiomas diferentes também.
Curti uma rede na varanda, um morro ao fundo e um céu azul limpo.
Tento não descontrolar totalmente minha alimentação. Já arrumei meu suco light, comprei frutas e até minhas barrinhas de cereais. A minha malhação é andar pelas ruas daqui de Mariana e pelas ladeiras e morros de Ouro Preto - o que já me rendeu dores,tudo básico. Penso que terei mais dores...
Minha estadia aqui vai além do que eu pensava,mas não há problema...pode ser o tempo que precisava para mim. Eu realmente não sei o que me reserva o dia de amanhã, ou os próximos minutos. Tudo pertence a Deus.
Antes de finalizar eu explico o título. As pessoas que aqui nasceram, denominam-se como nativas. É bem estranho ouvir isto.
Estou bem cansada,fico por aqui.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Viajo porque preciso...

Olá!!!
Eu trouxe caneta para fazer minhas anotações, mas como estou no notebook vou aproveitar e traçar minhas linhas por aqui mesmo. A começar, que levo uma coça já que não tenho o hábito de usar notebook - até agora não descobri onde fica o ponto de interrogação,rs.
Depois de 6h30 de viagem chego ao meu destino, a casa da minha amiga Ingrid. Foram três ônibus diferentes, paradas em duas cidades e muitas curiosidades. Soube o nome de lugares que não fazia ideia e percebi que há trechos que sei localizar bem ( quando eu estiver com minha CNH será só festa,hehehe).
7:00 foi o horário do primeiro embarque e eu com os olhos ardendo pela mal noite mal dormida já começo a observar meus companheiros de viagem. Já de cara uma mulher e uma garotinho chamaram minha atenção e seguiram comigo até Ouro Preto. O garoto é um alarme ambulante e durante o trajeto pode saber que ele aprontou. A mãe algumas vezes o repreendeu de forma bem ríspida - ele merecia. No trecho depois de Barbacena, ele cismou de dizer a hora em alta voz, isto quando não falava os nomes da cidade perguntando se já estava no destino que desembarcaria. Teve também o rapaz da viseira que estava do lado oposto ao meu, a senhora que ficou num certo trajeto ao meu lado e fez-me lembrar da minha avó, os meus vizinhos de trás que pensei que fossem me importunar, o neto da senhora que sentou ao meu lado que batia os pés,abria a janela, um tanto quanto inquieto.
No meio do caminho eu observei todas as placas de sinalização que pude, o ônibus passou pela pesagem, nunca vi tanta gente vendendo mexerica e biscoito de polvilho, aprendi a palavra chucolé, que acredito ser chup chup que conheço por aqui ( é o que o desenho demonstrava,rs), uma loja que vendia colchões e pombos ( pasmei com isto,quem compra pombos,é só ir ao Parque Halfeld, é tudo 0800). Em Conselheiro Lafaiete, o Cristo Redentor não é tão bonito.
Bom,há uma grande quantidade de cidades interessantes aqui por perto.
Além de Mariana e Ouro Preto que me surpreenderam pelo tamanho- eu não esperava que fossem grandes- se eu visitar mais alguma será lucro!
Vi paisagens naturais lindíssimas, pomares de mexerica, plantações de rosas de Barbacena,ah gente!! Amo viajar, ver gente, descobrir pedacinhos. Algumas ruas do centro de C. Lafaiete são parecidas com as de Juiz de Fora e deu saudade do tempo que a gente usava a porta traseira para embarcar no ônibus urbano.
Mais uma coisa: senti uma vontade enorme de comer chocolate durante a viagem, por que será...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Palavrinhas

Versos/ expressões/palavras que batem na minha caixola de vez em quando:
1- E a alma renasceu com flores de algodão
2-Ando falando sozinho
3- E recomeço do zero sem reclamar
4- Don't give up
5- Old enough to know
6- I never meant to start a war
8- Save me from myself
9- Sweet dreams or a beautiful nightmare
10- So what?
11- Alone
12- Glam
13- You hold me now
14- Deus amado!
15- Irrita profundamente
16- Ninguém merece
17- Esta é a parte da minha vida que chamo de...
18- Lindíssimo
19-Pessoa
20- Beijo grande
21- Aafff
22- Kiss from a rose

What if...

Por que é tão difícil,meu bem? Eu ainda escuto aquele som na minha mente e fico cada vez mais pasma.
Saí do lugar comum, deixei de fazer algo e apesar de você fazer parte de mim, encare que eu não sou a única parte a abrir mão. Na verdade, não sei se você vai chegar a essa conclusão,mas fica aqui meu recado.
Eu sou o tipo de pessoa que vê com o coração, mas quando a minha razão desperta, cuidado!
E é assim que reafirmo o nosso fim. Posso dizer que pensei com o coração sim, só que agora com o coração voltado para mim.
Parece duro,mas não é. Sabe que eu sou sincera e não tenho motivos para esconder nada.
A gente continua a caminhar sim, teremos bons momentos ainda na vida.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Diário de férias

Sei que já fazem 15 dias que estou curtindo minhas férias e não escrevi nada por aqui ainda. Mais uma vez repito que vontade não faltou,mas o frio está tanto que não tenho muita paciência para permanecer aqui até mais tarde. Estou em férias atípicas também,já que continuei estudando. Hoje foi meu último dia do inglês com direito a duas provinhas básicas. Fora a auto escola, estou quebrando a cabeça um pouco,hehe.
Já estou com idade nova, há dois dias. Sabe que no dia do meu aniversário enquanto eu voltava para casa, cheguei a conclusão de que vivo bem, muito bem! Cada dia que vivi não foram em vãos. Percebi que minha vida tem muito mais qualidade do que gente mais nova do que eu, e é melhor vivida do que gente que já é mais velha do que eu.
Não troco meus 29 anos por nada.
Bom também ver a mão de Deus fazendo coisas inexplicáveis na minha vida, não há dinheiro que garanta isto.
Tenho amigos de coração, pessoas que sempre presentes apesar de distância e afazeres.
Ontem, foi um dia bem peculiar para mim. Vivi daqueles momentos reveladores que a fazem a gente pensar melhor na vida e no modo como seguir daqui para frente...
Diante de tudo que li e ouvi acerca da passagem do meu aniversário, há elementos que fazem parte de mim e que não posso escondê-los.
Acredito que a vontade de dar a volta por cima, de ir atrás do que quero é uma marca minha.
Abri mão de viver certas coisas para ter o melhor de Deus, tem sido gratificante. E você sabe o que espero? Espero o melhor...

* a postagem termina assim...continua na próxima,hehe
Música: "Don't give up" Michael W.Smith