quarta-feira, 27 de julho de 2011

Coming home

Ah, minha viagem deverá ter mais algumas postagens por aqui. Não tive tempo em Mariana para escrever todos os dias.
Emoções. Eu ainda paro e penso em tudo que presenciei. Já é uma viagem que ficará marcada por toda a minha vida.
Tudo bem que toda viagem deixa sempre alguma marquinha, além das fotos e lembrancinhas para remeter ao lugar que fui.
Particularmente, a última tem o gostinho especial do modo como ela foi plantada na minha mente, como foi executada, pela duração e pelos desafios.
Senti saudade de muita gente, confesso que deu vontade de correr para um orelhão e ligar para dizer: "Oi, tudo bem?Saudade de você!". Ou então escrever vários cartões-postais e torcer para que o serviço dos Correios fosse tão rápido quanto a internet. Seria uma forma de dizer: "Olha não sei o que pode acontecer,mas pode saber que sou feliz!"
Apesar de algumas vezes eu dar uma olhada, deixar recado via Facebook ou MSN, nada supera a presença real ou no mínimo ouvir aquela voz do outro lado do aparelho.
No dia 20 de julho - dia do amigo - meu celular foi muito requisitado
( risos) e eu fiquei feliz com as mensagens que recebi, me deu um gás, sabe?
Eu me recordo da viagem pelos cheiros, sons e impressões que tive. As mais de 800 fotos que registram momentos por lá são apenas uma fagulha do incêndio que tomou conta de mim.
Não sei porque,mas escolhi a palavra incêndio para expressar o conjunto de vivências durante esses dias.
Incêndio faz lembrar algo que é preciso tomar alguma atitude. Ou você dá um término, ou o fogo destroi tudo. Se você deixa o fogo tomar conta, ele faz tudo virar cinza. Dependendo, se tiver vento a cinza pode ir pra algum lugar distante do local de incêndio. No entanto, cinza não é a mesma que ter vida...e sem vida, não há como se fazer nada.
Os sons que embalaram minha viagem foram bem ecléticos. Alguns trouxeram-me certas epifanias.
Eu penso, e tenho quase certeza de que a viagem gerou em torno de escolhas, decisões.
Escolhas do passado, do presente e do futuro. Só que não trabalho com o futuro, tenho só o presente. Até uma série que assisti trata sobre a temática e o mais interessante é que a personagem principal tem o meu nome - risos.
Senti-me cuidada, também cuidei e cuidaram de mim mesmo eu não estando presente. Meu retorno foi surpreendente e mais uma vez quase debulhei-me em lágrimas.
É, chorei durante a minha estadia fora e quando voltei. Não é excesso de sensibilidade, mas aqueles momentos que só as lágrimas podem expressar algo.
E eu continuo bem reflexiva, resolvi arriscar-me, ou seria permitir-me viver?Viver e ir além do que já conquistei? Dar-me uma chance? Afinal, Jesus ressuscitou a Lázaro,mas quem removeu as pedras não foi Ele...

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