domingo, 31 de agosto de 2008

Dia de domingo

Agosto chega ao fim.Tenho a impressão de que foi um mês longo, difícil. Deus me sustentou.
Lembro que no domingo passado tudo parecia cinzas para mim. Porém como a lenda da fênix, renasci das cinzas. Foi a mão misericordiosa de Deus sobre mim, disposto a levantar-me mais uma vez.
Meus finais de semana têm sido singulares.
Desde a manhã de hoje,antes de ir para a escola dominical,meus pensamentos estavam alvoraçados. Deparei-me com uma perplexidade que podia virar melancolia, revolta, botar tudo a perder. Sacudi a cabeça, acabei de me arrumar e fui para a igreja.
Meus pensamentos não os confessei a ninguém. Apenas Deus sabia. Penso que Ele resolveu me dar mais uma injeção de ânimo. A escola dominical foi uma palestra sobre a lição.
Interessante foi a abordagem do preletor, que através de suas palavras e da ação do Espírito Santo tocaram o meu íntimo. Por vezes eu abaixava a cabeça, outras deixava as lágrimas caírem.
Sabe, Deus continua sendo real e presente na minha vida.No caminho para a igreja,dentro do ônibus retomei minha leitura de um livro. Foi um momento especial,parecia que as palavras saltavam das páginas e Deus estava ali do meu lado falando tudo aquilo para mim.
Meu pequeno devocional forma alguns versículos do salmo 37, que uma amiga conversou comigo desde segunda. Senti-em inquietada e reli: descansar em Deus, confiar em Deus e Ele tudo fará.

Deixo aqui um trecho do que li hoje e me impactou bastante:
"A consciência de Cristo ressurreto anula a falta de sentido - a sensação terrível de que todas as experiências de vida são desconexas ou inúteis, nos ajuda a ver a vida como peça única e revela um propósito nunca antes percebido".

Que isto esteja vivo mim, para fazer da vida colorida quando tudo parece tornar-se em cinzas. Por isso,resolvi não comentar de meus problemas ou dúvidas,apenas escrevo como algo para moldar meu ser.

sábado, 30 de agosto de 2008

Quando a perda se torna em ganho

Porque quando sou fraco, então é que sou forte. (2 Co 12.10.)

Disse certo médico que um dos maiores desafios de sua profissão decorria do fato de que, em nossa sociedade, as pessoas não são treinadas a enfrentar as perdas com naturalidade.

É como se na escola da vida as principais matérias ensinassem só a ganhar — o que aliás está em perfeita harmonia com a mentalidade capitalista.

Tal é um dos grandes antagonismos do mundo ocidental. Exatamente aqui, berço do capitalismo, é onde mais se desenvolveu a cultura cristã. E o cristianismo, quando vivido em sua pureza, é a mais perfeita escola para ensinar a realidade da vida, realidade essa feita também das perdas naturais, tais como, por exemplo, a colheita frustrada por adversidades climáticas, a doença que chega sem avisar, a perda natural do vigor pelo envelhecimento e, finalmente, a morte, da qual simplesmente não podemos fugir.

É pena que não nos adestremos na difícil arte de saber perder, principalmente como ensinada na Bíblia, o melhor manual de vida.

Assim como quando perdemos um de nossos sentidos um outro se desenvolve, compensando-se aquela perda, assim também se usarmos corretamente as aulas da Palavra de Deus. Se não, estaremos privando-nos das preciosas lições que só pela privação se aprendem.

Se formos bons alunos, poderemos dizer como Paulo: “Então Ele [Deus] me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Co 12.9-10) e “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11); e, quanto à expectativa da morte, tranqüilamente faremos nossas suas palavras: “Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23).

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um diálogo

"E ele inciara tudo com um: "já cheguei a tal ponto de me trocar diversas vezes por você só pra ver se te encontro". Uau!!
Logo depois ele diz que não existe saudade mais cortante que a de um grande amor ausente. Ela concorda. Afinal, vivia esta ausência e já esperava por dar fim a isto.

Ele prossegue: "qual o mapa da alma da mulher?". Continua a indagar, estava a fim de descobrir de fato?
Ela responde dizendo para ter persistência e descobrir o tal mapa.

Ele por fim faz uma observação: "você não me ensinou a te esquecer".
Ela ri,pensa e espera ouvir uma canção...a canção não se trata apenas da voz, pode ser instrumental,mas o principal: tem que vir do coração.

Trata-se de uma epifania. Epifania vivida ao fim de uma noite de inverno."

Pelas mãos

E era naquela tarde,daquele dia nublado.
Ela ali deitada, na fuga da vida.
Uma mão abaixo do rosto, a outra a segurar firme uma mecha do cabelo.

O que ela pensava?
Não tinha a calmaria, nem a brisa suave, muito menos o tornado,no entanto sabia que tudo estava fora do seu lugar.

Um ritmo frenético toma conta de alguns segundos,dos quais ela tenta dar um fim,
o resultado não foi o que esperava.
As batidas foram diminuindo até tornar-se um silêncio, silêncio com batidas leves, chegando a notas de um piano.
Era um momento ímpar, mão que segurava a mecha do cabelo começara a afrouxar. Os olhos fixados num ponto do recinto remexiam ao som de uma música.
Alguns instantes depois, o fechar de olhos concretiza-se.
O que era toda aquela sinestesia?
Nem ela mesma sabia...
Segredos não compartilhados de uma jovem alma.
Sonhos incompletos de uma vida.
Questionamentos e dúvidas de uma mulher.
Mulher com jeito de menina,menina com jeito de mulher...faces de uma pessoa.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Precisa-se

Preciso de abraços,
preciso de "carinhos quentes" - lembro-me da história na ABU;
preciso simplesmente viver;
preciso respeitar meus limites - quando necessário ultrapassá-los;

Quero colo,
quero sentar sob a grama e não pensar, não planejar;
quero sentir a respiração e perceber a inspiração - complexo...
quero olhar, escutar e perdoar.

Permito-me o não em troca do sim,
permito-me o espelho ao invés da máscara.
Permito-me viver, arriscar,
permito-me sonhar,acreditar,
permito-me a intensidade nos momentos,
permito o sorriso à frente da lamúria,
permito-me tirar o peso, as correntes,
permito-me viver a leveza do ser em Cristo.

sábado, 16 de agosto de 2008

Rabiscos

Gosto de poemas,e admiro quem tem a capacidade de escrevê-los.Penso que escrevem com sentimento.O problema está quando é feito para enganar,pensando em tirar algum proveito.
De nada adianta palavras doces, e carinhosas quando o que está implícito não tem nada de doce.

A vida tem dessas coisas. Doçuras com gostos amargos. Doçuras flamejantes. Doçuras ásperas.
Convive-se com elas, correndo o risco de não sentir mais doçura na vida, perder a sensibilidade.


O que há por trás disso é complexo. Já não é surpresa eu escrever a palavra complexo, a vida é complexa. Fatos complexos e particulares, instigantes, persuasivos, dramáticos, cômicos. Parece tudo meio trash,né?
Não é não. Faz parte do processo de viver.
*Entre o sutil e o escancarado a diferença parece grande, mas o intuito é o mesmo é o que vejo mais claro agora.
Ganha-se e perde, porém o fato de passar por mais uma lição de aprendizado da vida terá muito valor na minha experiência, na vida de outras pessoas, no meu contato com o Pai.

Ele está ali me esperando para eu achegar-me ao divã. Antes que eu diga,Ele já sabe. Faz-se necessário eu falar, admitir, reconhecer, arrepender, chorar, e ainda assim sentir que o amor Dele continua imutável.


O peso que se vai de uma semana, dois dias que aparecem com algumas horas já comprometidas. Onde está o descanso? Dormindo cedo ou tarde,ele está ali. Quase não deixa viver a vida fora da rotina nossa de cada dia.

Estou sem palavras. Vazia de pensamentos? Não sei. Queria ser teletransportada para uma esfera na qual meu silêncio não fosse sufocador ou angustiante; onde pudesse assistir a minha vida com direito a "pause". ( Não pediria para retroceder, porque o que passou já passou. Muito menos avançar). Apenas visualizar o presente e captar detalhes, movimentos, perceber a conexão entre fatos,algo que mude a história.
É...minha mente viaja...com força.

Ah,eu rio e me inspiro em olhinhos curiosos e atentos, em carinhos, abraços, e comédias da vida.

Tenho vivido algumas epifanias que são profundas em mim,mexem e remexem lá dentro.

O sono já está aqui, porém quero assistir a um filme. Se eu encontrá-lo em outro horário na programação,ótimo. Se não, preparo-me para uma madrugada fria em claro à procura de sinais, respostas..."Minha vida sem mim"

domingo, 3 de agosto de 2008

Notas de férias 4: fim...

Aaaiii...passaram das 22 horas de domingo.Minhas mini-férias chegam ao fim.Com gostinho de quero mais,claro.
Estou feliz porque consegui fazer algumas coisas interessantes.

Últimos dias de férias:
*fui ao culto da tarde-muito bom- eu sinto falta quando estou no serviço naqueles dias que tenho vontade de me esconder nos braços de Deus;
*bom,tenho voltado-me ao projeto de evangelismo na igreja e estou pensando seriamente em participar de um projeto de missões - isto para mim faz pulsar a chama que tinha quando aos 16 anos me converti;
*visitei minha "sobrinha" Anna,que fofa! Ótimo poder conversar com a Fran- mãe de Anna;
*faltaram algumas visitas,mas já vou agendá-las por aqui,rsrsrs
*ontem,sábado,teve culto na casa da Carol e fico feliz quando vejo a "mamily" Neuza cultuando a Deus "Quando Deus restarou nossa sorte..."
*fui ao Habib's- quanto tempo!- pude rir com as meninas lá e recordar alguns momentos que passei lá em época de ABU...Deus sabe...
*hoje,foi um dia que não sei dizer...Deus continua falando,e eu ouvindo...estou aguardando confiante no que Ele tem para fazer;

por hoje é só...nesses últimos dias,vivi momentos tão intensos que renderam alguns versinhos...

Deixo aqui o verso de um hino: "E nas lutas de cada dia,Cristo nunca me deixa só, pois Eleé meu seguro guia, Ele só,Ele só."