segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pelas mãos

E era naquela tarde,daquele dia nublado.
Ela ali deitada, na fuga da vida.
Uma mão abaixo do rosto, a outra a segurar firme uma mecha do cabelo.

O que ela pensava?
Não tinha a calmaria, nem a brisa suave, muito menos o tornado,no entanto sabia que tudo estava fora do seu lugar.

Um ritmo frenético toma conta de alguns segundos,dos quais ela tenta dar um fim,
o resultado não foi o que esperava.
As batidas foram diminuindo até tornar-se um silêncio, silêncio com batidas leves, chegando a notas de um piano.
Era um momento ímpar, mão que segurava a mecha do cabelo começara a afrouxar. Os olhos fixados num ponto do recinto remexiam ao som de uma música.
Alguns instantes depois, o fechar de olhos concretiza-se.
O que era toda aquela sinestesia?
Nem ela mesma sabia...
Segredos não compartilhados de uma jovem alma.
Sonhos incompletos de uma vida.
Questionamentos e dúvidas de uma mulher.
Mulher com jeito de menina,menina com jeito de mulher...faces de uma pessoa.

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