segunda-feira, 17 de setembro de 2007

7 de setembro: meu fim de semana em Ipatinga - Parte 1

Penso que a vida é como um quebra-cabeça. Deus tem as peças e vai nos oferecendo a fim de que tudo chegue a um quebra-cabeça completo e com uma imagem nítida.
Cheguei a esta consideração observando alguns acontecimentos na minha vida ( e na de outras pessoas também).
E o que o 7 de setembro tem a ver com isto?
Bom, eu almejava uma viagem-alguma viagens- este ano, só que deparei-me com o mês de julho e nada. Um turbilhão de coisas: monografia, formatura, aniversário, férias, livros, igreja, dúvidas(muitas), choro, decepção,enfim...
Tive momentos muito felizes durante o ano e ao mesmo tempo muitos momentos que pareciam uma guerra que não chegava ao fim. E eu ali com um sentimento de impotência, querendo fugir, sair do meu lugar e simplesmente apagar tudo da minha vida.
Começou o segundo semestre e o taxei como o semestre da virada. Esclareço que não tenho nada sob meu controle, Deus o tem. Porém resolvi sair de alguma inércia, fazer o que estava ao meu alcance, e é claro submeter a vontade de Deus mais ainda. Tarefa não muito fácil quando existe um deserto à sua frente, as pragas tirando tudo da sua vida, momentos de alegria que parecem durar um milésimo de segundos enquanto que os de tristeza e problemas parecem durar dias e dias.
Terminei minha monografia e não precisei fazer a defesa- confesso foi um milagre. Passei um dia de aniversário sozinha ( isto é ruim porque eu gosto de comemorar aniversário,colocar roupa nova, ter algo de diferente para comer), mas fui tremendamente festejada através de e-mails e mensagens e mais a festinha-surpresa que tive. O que me deixa feliz não é a festa ou presentes, mas saber que estou presente no mundo de algumas pessoas. Isto vale e muito para mim!
Em agosto me formei, tenho meu diploma em casa, motivo de alegria por mais uma titulação acumulada e claro mais um peso de responsabilidade visando o mercado de trabalho.
Faltava a viagem ainda...sair um pouco daqui. Já um pouco antes da colação minha vida restringiu-se a tarefas domésticas e igreja. No início eram férias,mas depois. Confesso que gosto de fazer várias coisas, de estudar, me ajuda a ser mais disciplinada.
Resolvi viajar, depois de ver que teria condições para ir- fiquei muito feliz e já pensava em arrumar minha bolsa e sair. O motivo da viagem para Ipatinga foi o aniversário de uma amigo meu. Só que acredito que Deus sempre tem algum propósito maior do que o nosso. Fui para lá acreditando que não somente me divertiria, como também atenta ao que Deus me falasse lá.
E foi o que aconteceu. Tive momentos hilários, tirei fotos, fiz passeios, vi lugares novos, conheci pessoas.
Mal sabia eu o que viria pela frente...no culto em comemoração de aniversário, o texto lido em 2 Timóteo 2: 1-7 , mexeu comigo, me fez chegar às lágrimas. Por vezes questiono muitas coisas,e não entendo nada do que acontece. Ainda num determinado dia comentei com Carol que pensava que a felicidade dura poucos instantes, quase não dá para aproveitá-la. Fiquei a pensar num título de um livro "Felicidade Clandestina". Seria a minha clandestina também??
Vi mais uma vez que não. Na vida há sacrifícios a serem feitos, é o seguir a Jesus. Hum,sei que refleti sobre mais coisas, mas não consigo colocar de maneira que fique entendível. Ainda estou na introspecção.
No sábado conversando com uma pessoa, Deus foi me dando estratégias sobre alguns trabalhos a serem feitos. Como pode uma conversa que começa sobre comida e ir parar em assuntos mais complexos a ponto de eu chegar a constatação de que era uma das direções que precisava...
Aí veio do domingo - acredito que foi o dia mais intenso para mim. A escola dominical fez-me rememorar o quão forte e fiel é a palavra que Deus diz. Refletindo sobre o livro de Josué, do que antecedeu até que chegasse a posição de líder: fé, obediência, persistência. Coisas que a gente sabe, mas há circunstâncias que é necessário aprender o "ABC" novamente. E foi o que aconteceu. Saí sentindo-me recarregada, sem saber o que aconteceria depois do meu retorno para casa. Voltei mais tranqüila também.
Uma vez ouvi que crises nos fazem crescer, e é verdade...ali vivi o dia da minha independência-dependência???

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