domingo, 11 de setembro de 2011

Virei filha única e agora?

Vamos lá,né?Demorei para escrever porque toda vez que eu lembrei de acessar o site, mal conseguia redigir. Emoções à flor da pele? Pode ser. Há uma situação nova que gera uma certa adaptação. Aproveitei os momentos que tive antes disso ocorrer. Uma greve fez com que eu passasse mais tempo em casa. Bem ou mal, contribuiu para que nada fosse muito trágico além do que seria. Quem já passou pela situação de ter algum irmão estudando em outro lugar, ou a trabalho sabe como é. Quem nunca vivenciou, talvez através destas linhas consiga captar um pouco. Ao contrário do que se possa pensar, não tenho as atenções voltadas a mim e é provável que não me mimarão (risos). Minha vontade é retornar a minha rotina de serviço, academia, autoescola e tudo o mais o que eu conseguir. Agora, quando saio é sozinha seja para a igreja, shopping ou até mesmo ao centro da cidade. Sim, existem amigos, colegas. Mas e quando ele snão podem? Confesso que é ruim estar no ônibus sozinha, ter além da minha cama, mais duas vazias por aqui e por cada cômodo que se passa ter um pouco da pessoas ausente ali. Pense, alguém que assistia filme com outra pessoa e sempre surgiam comentários, risadas e agora assiste a um filme quase que em silêncio. ( Eu disse quase, porque mesmo sozinha a gente consegue rir, dizer algumas expressões e por aí vai). O sofá fica está por minha conta, agora sento e deito como quero, não tenho que dividir espaço. Ninguém mais coloca as pernas em cima de mim ou vice-versa. A gente escuta vinheta, música, sabe que tem algum programa na TV e lembra, por vezes não tem coragem de assistir porque sabe que é próprio da pessoa. Para exemplo disto, ainda não consegui assistir Law&Order. Não há ninguém me chamando por apelido. Sou somente a Érica aqui em casa agora, o que traz um certo peso. Há fotos, livros, enfeites, brinquedos. No guarda-roupa há um vazio. Pode ter alguém que pense que seja drama,mas que pense assim, só entende quem sente mesmo e minha preocupação não é convencer ninguém a sentir o mesmo que eu. Trata-se de um desabafo que pdoer ser que me faça bem e caso um dia eu não tenha memória eu leia sobre este momento da minha vida. Sinceramente eu vejo que não fui programada para ser filha única, e além de tudo sou a mais velha. Anteontem fiz a experiência de ir ao shopping sozinha. Foi bem estranho visto que foi um dos últimos lugares, no qual eu e Angélica estivemos. E lembro-me que naquela sexta-feira ( sim, também foi numa sexta-feira) eu tinha uma certa esperança, presenciei fatos que vi como um sinal de coisa boa que está por vir. O cenário desta última sexta-feira foi bem diferente. Além de estar sozinha, não tinha sinais e levei um banho de água fria. Para ajudar ainda tive um outro probleminha por causa de uma nota fiscal. Deram a opção de ir lá ontem para resolver, mas sabe mediante tudo que passei, escolhi não ir para não chover no molhado. Chega,sabe? Sozinha, a gente evita passar por determinadas situações. Em compensação fui a academia fazer musculação ( oooohh) e encontrei com uma colega de autoescola e investi num Cornetto para refrescar. Bom demais! Ainda está difícil digerir toda esta mudança, sei que sobrevivo porque é fase. Confesso que não estou muito legal por causa do furacao que passou em minha vida, e sinto a vontade de que alguém me carregue. Já levei uns tropeços, meus pés cambaleiam um pouco. Estou como a personagem que fez minha escolher meu nome: manca. O peso da babagem está grande, resolveram passar isto para mim... Até fevereiro- se Deus assim permitir- aguardo mudanças em minha vida, por enquanto parece que ainda dveo ficar no banquinho assistindo a tudo ao meu redor. Deus sabe o que vai no meu coração...

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