Pós viagem

Por causa da viagem, nasceu um diário. Um caderninho que ganhei pelo dia dos professores. Escrevi lá bastante coisa.
Retornei e não gostei da realidade que encontrei. Ruim,né? Ainda estou com vontade de ficar no meu cantinho, lendo, deitada no silêncio como no meu quarto de hotel.
Aqui me sinto algumas vezes impotente e incapaz. Passei três dias em São Paulo e parecia outra pessoa, tinha outra perspectiva.
Oh, Senhor, ajude-me!
Retornei do serviço um pouco frustrada. Gente me chateou no MSN, não deixou por menos e respondi a altura. Detesto gente que fica em contradição e parece fazer de tudo para dizer assim: você não faz parte, não é nada.
Acordei um pouco mal e já com serviço a fazer. Eu sei que me cobro,mas não quero terminar o ano como a incompetente. Deus abençoa,mas preciso fazer minha parte, não sou qualquer uma na multidão.
Eu olho e há momentos que me enxergo como uma menina. Daí me pergunto se é isso que as pessoas veem e por consequência já me pré-julgam e com isso não confiam no que possa fazer, e os problemas, falhas recaem sobre minha figura...Não sei...
Tem hora que dá vontade de me arrancar de mim e mostrar uma nova figura. Sabe, numa das exposições que vi, dizia que num certo lugar, as máscaras eram usadas para que as pessoas se destacassem, seria uma forma de valor lá.
De verdade, não quero usar máscaras não. Nem para esconder, nem para destacar. Só achar o caminho de ser alguém produtivo e respeitável. É tão difícil assim? Quero transpor certos muros.
O tempo me força a parar de escrever. Se continuar, é capaz de eu ficar aqui e "chutar o balde", mas não quero me precipitar em nada.
Abraços!