sábado, 18 de outubro de 2008

D'alma

A chuva que caiu pela madruga eram as lágrimas contidas de uma alma. Chuva forte, expressão de alma dolorida.
Dor que corta o coração. Bem quisera ela como num filme, cortar a si mesma para sentir o que a alma sentia. Impossível.
Noite escura, relâmpagos, era a tempestade que vive dentro de sim.
O travesseiro, sente o perto das mãos e cabeça, assim como as lágrimas que o molham.
Por que a alma chora? São feridas do dia a dia, pedradas, julgamentos, incertezas.
A vontade de sair do labirinto onde está. Uma carta de independência é possível?
Ela chora pelo sofrimento do mundo, pelo problema do próximo, pela dúvida de amigos...como a vida anda complicada.

O que fazer quando o silêncio precisa falar mais alto? Deixar a cólera,a mágoa de lado e sorrir, perdoar...prova de amor? Isto ela não tem certeza, pode ser. Não vem dela, porque no seu instinto ela fugiria. Pela impulsão pegaria sua bolsa, seus pertences e sairia a correr, correr até não mais poder. Viveria em constante mudança.
O que no fundo ela quer, é tomar um cálice força, de esperança. "Porque Ele vive posso crer no amanhã." No hoje também, por que não?
É o que seu coração clama.
Sua mente cansada lembra que não se pode hesitar em falar com o Pai. Assim segue seu caminho, nesta manhã cujo o sol ainda tímido por baixo de nuvens cinzas.
Segue seu caminho? Ela está a pensar. Sons que a envolvem, pensamentos frenéticos, o olhar fixo.
Ela não entende. E entender significa ativar o cérebro em vão, vai além da racionalidade humana.
O ponteiro do relógio continua no seu movimento, a música muda, mais uma piscar de olhos, uma letra que aparece e a vida continua...a boca está muda,o coração pulsar, a alma está cansada, mas espera no deserto em Deus.
Ainda que os pés estejam feridos e o andar esteja arrastado, sabe que por vezes Ele a carrega no colo e ainda ganha um pouco d'água para tirar a secura...do corpo e da alma.

Um comentário:

Gau** disse...

prima esse texto eh tudoooooooooo ameiiiiiiiiiii...,viajo em seu blog rsrs